sábado, 10 de setembro de 2011

SALVE A EDUCAÇÃO





Sou professora do Estado do Paraná e fiquei indignada com a reportagem da jornalista Roberde Abreu Lima “Aula Cronometrada”. É com grande pesar que vejo quão distante estão seus argumentos sobre as causas do mau desempenho escolar com as VERDADEIRAS  razões que  geram este panorama desalentador. Não há necessidade de cronômetros, nem de especialistas  para diagnosticar as falhas da educação. Há necessidade de todos os que pensam que: “os professores é que são incapazes de atrair a atenção de alunos repletos de estímulos e inseridos na era digital” entrem numa sala de aula e observem a realidade brasileira.

Que alunos são esses “repletos de estímulos” que muitas vezes não têm o que comer em suas casas quanto mais inseridos na era digital? Em que  pais de famílias oriundas da pobreza  trabalham tanto que não têm como acompanhar os filhos  em suas atividades escolares, e pior em orientá-los para a vida? Isso sem falar nas famílias impregnadas pelas drogas e destruídas pela ignorância e violência, causas essas que infelizmente são trazidas para dentro da maioria das escolas brasileiras.
 
Está na hora dos professores se rebelarem contra as acusações que lhes são impostas. Problemas da sociedade deverão ser resolvidos pela sociedade e não somente pela escola.Não gosto de comparar épocas, mas quando penso na minha infância, onde pai e mãe, tios e avós estavam presentes e onde era inadmissível faltar com o respeito aos mais velhos, quanto mais aos professores e não cumprir as obrigações fossem escolares ou simplesmente caseiras, faço comparações com os alunos de hoje “repletos de estímulos”. Estímulos de quê?  De passar o dia na rua, não fazer as tarefas, ficar em frente ao computador, alguns até altas horas da noite, (quando o têm), brincando no Orkut, ou o que é ainda pior envolvidos nas drogas. Sem disciplina seguem perdidos na vida. 
 
Realmente, nada está bom. Porque o que essas crianças e jovens procuram é amor, atenção, orientação e disciplina. 
 
Rememorando, o que tínhamos nós, os mais velhos,  há uns anos atrás de estímulos? Simplesmente: responsabilidade, esperança, alegria. 
Esperança que se estudássemos teríamos uma profissão, seríamos realizados na vida. Hoje os jovens constatam que se venderem drogas vão ganhar mais. Para quê o estudo? Por que numa época com tantos estímulos não vemos olhos brilhantes nos jovens? Quem, dos mais velhos, não lembra a emoção de somente brincar com os amigos,  de ir aos piqueniques, subir em árvores? 
E, nas aulas, havia respeito, amor pela pátria.. Cantávamos o hino nacional diariamente, tínhamos aulas “chatas” só na lousa e sabíamos ler, escrever e fazer contas com fluência. 
Se não soubéssemos não iríamos para a 5ª. Série. Precisávamos passar pelo terrível, mas eficiente, exame de admissão. E tínhamos motivação para isso. 
Hoje, professores “incapazes” dão aulas na lousa, levam filmes, trabalham com tecnologia, trazem livros de literatura juvenil para leitura em sala-de-aula (o que às vezes resulta em uma revolução),  levam alunos à biblioteca e a outros locais educativos (benza, Deus, só os mais corajosos!) e, algumas escolas públicas onde a renda dos pais comporta, até a passeios interessantes, planejados minuciosamente, como ir ao Beto Carrero. 
E, mesmo, assim, a indisciplina está presente, nada está bom. Além disso, esses mesmos professores “incapazes”,  elaboram atividades escolares como provas, planejamentos, correções nos fins-de-semana, tudo sem remuneração; 
Todos os profissionais têm direito a um intervalo que não é cronometrado quando estão cansados. Professores têm 10 minutos de intervalo, quando têm de escolher entre ir ao banheiro ou tomar às pressas o cafezinho. Todos os profissionais têm direito ao vale alimentação, professor tem que se sujeitar a um lanchinho, pago do próprio bolso, mesmo que trabalhe 40 h.semanais. E a saúde? É a única profissão que conheço que embora apresente atestado médico tem que repor as aulas. Plano de saúde? Muito precário. 
Há de se pensar, então, que  são bem remunerados... Mera ilusão! Por isso, cada vez vemos menos profissionais nessa área, só permanecem os que realmente gostam de ensinar, os que estão aposentando-se e estão perplexos com as mudanças havidas no ensino nos últimos tempos e os que aguardam uma chance de “cair fora”.Todos devem ter vocação para Madre Teresa de Calcutá, porque por mais que  esforcem-se em ministrar boas aulas, ainda ouvem alunos chamá-los de “vaca”,”puta”, “gordos “, “velhos” entre outras coisas. Como isso é motivante e temos ainda que ter forças para motivar. Mas, ainda não é tão grave. 
Temos notícias, dia-a-dia,  até de agressões a professores por alunos. Futuramente, esses mesmos alunos, talvez agridam seus pais e familiares. 
Lembro de um artigo lido, na revista Veja, de Cláudio de Moura Castro, que dizia que um país sucumbe quando o grau de incivilidade de seus cidadãos ultrapassa um certo limite. 
E acho que esse grau já ultrapassou. Chega de passar alunos que não merecem. Assim, nunca vão saber porque devem estudar e comportar-se na sala de aula; se passam sem estudar mesmo, diante de tantas chances, e com indisciplina... E isso é um crime! Vão passando série após série, e não sabem escrever nem fazer contas simples. Depois a sociedade os exclui, porque não passa a mão na cabeça. Ela é cruel e eles já são adultos. 
Por que os alunos do Japão estudam? Por que há cronômetros? Os professores são mais capacitados? Talvez, mas o mais importante é  porque há disciplina. E é isso que precisamos e não de cronômetros.  Lembrando: o professor estadual só percorre sua íngreme carreira mediante cursos, capacitações que são realizadas, preferencialmente aos sábados. Portanto, a grande maioria dos professores está constantemente estudando e aprimorando-se. Em vez de cronômetros, precisamos de carteiras escolares, livros, materiais, quadras-esportivas cobertas (um luxo para a grande maioria de nossas escolas), e de lousas, sim, em melhores condições e em maior quantidade. 
Existem muitos colégios nesse Brasil afora que nem cadeiras possuem para os alunos sentarem. E é essa a nossa realidade!  E, precisamos, também, urgentemente de educação para que tudo que for fornecido ao aluno não seja destruído por ele mesmo Em plena era digital, os professores ainda são obrigados a preencher os tais livros de chamada, à mão: sem erros, nem borrões  (ô, coisa arcaica!), e ainda assim se ouve falar em cronômetros. Francamente!!! 
Passou da hora de todos abrirem os olhos  e fazerem algo para evitar uma calamidade no país, futuramente. Os professores não são culpados de uma sociedade incivilizada e de banditismo, e finalmente, se os professores  até agora  não responderam a todas as acusações de serem despreparados e  “incapazes” de prender a atenção do aluno com aulas motivadoras é porque não tiveram TEMPO. 
Responder a essa reportagem custou-me metade do meu domingo, e duas turmas sem as provas corrigidas. 
Vamos fazer uma corrente via internet, repasse a todos os seus! Grata.

Vamos começar uma corrente nacional que pelo menos dê aos professores respaldo legal quando um aluno o xinga, o agride... chega de ECA que não resolve nada, chega de Conselho Tutelar que só vai a favor da criança e adolescente (capazes às vezes de matar, roubar e coisas piores), chega de salário baixo, todas as profissões e pessoas passam por professores, deve ser a carreira mais bem paga do país, afinal os deputados que ganham 67% de aumento tiveram professores, até mesmo os "alfabetizados funcionais". Pelo amor de Deus somos uma classe com força!!!
Vanessa Storrer - professora da rede Municipal de Curitiba!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

JUSTIÇA INJUSTIÇA – Do justo e do Injusto











O fato é que você acha que os pastores ou os vaqueiros querem o bem das ovelhas ou dos bois e os engordam e cuidam deles para uma finalidade diversa daquela do interesse de seus donos e deles próprios. De modo semelhante, você imagina que nos ESTADOS, os verdadeiros governantes se comportam com os súditos de modo diverso de como se comportaria alguém com as ovelhas e, dia e noite, não pensam em outra coisa, senão em tirar deles um proveito pessoal. Embora tão avançado no conhecimento do justo e da justiça, do injusto e da injustiça, você ainda ignora que a justiça e o justo na realidade não nos pertencem porque constituem o interesse do mais forte que comanda, enquanto que quem  obedece e serve só leva prejuízo, e a injustiça, pelo contrário, se impõe a quem é verdadeiramente ingênuo e justo. Os súditos fazem o interesse do mais forte e, ao servi-lo, o tornam feliz, mas para eles mesmos não tiram a menor vantagem. Perceba que em qualquer circunstancia, o homem justo leva a pior no confronto com quem é injusto. Em primeiro lugar, em qualquer acordo privado em que dois indivíduos fazem sociedade, você jamais verá que, ao final de sua relação, o homem justo tenha ganho  mais que o injusto, ocorrendo sempre exatamente o contrário. Nos negócios públicos, quando é necessário pagar impostos, de igual modo o homem  justo paga mais e o injusto paga menos. Se, ao contrário, é questão de ganhar alguma coisa, um não ganha nada e outro, muito. Se ambos têm algum cargo, ao homem justo acontece, como mínimo, de desleixar por falta de tempo os próprios interesse domésticos e de não  levar, exatamente porque é justo, nenhuma vantagem da coisa pública, além de atrair sobre si o ódio dos parentes e dos conhecidos, sempre que se recusar em favorecê-los contra a justiça. Precisamente o contrário ocorre com o homem injusto, isto é, a quem sabe impor-se eficazmente sobre os outros. Isto você deve considerar, se quiser compreender quanto é melhor, para o próprio interesse, ser injusto do que justo. Melhor você poderá compreendê-lo se atentar para a injustiça mais absoluta que torna extremamente feliz quem a comete e extremamente infeliz quem é vítima dela e quem não gostaria de comportar-se injustamente. Essa injustiça absoluta é a tirania que não se apodera dos bens dos outros aos poucos, mas toma tudo de vez: sagrado e profano, privado e público, com engano e violência. Quem é surpreendido cometendo um só desses crimes é punido e humilhado. De acordo com o crime cometido, é chamado sacrilégio, escravista, salteador, bandido, ladrão. Mas quem reduziu á escravidão seus concidadãos, além de tê-los despojados de seus bens, em lugar desses apelativos difamadores tem a reputação de homem feliz e afortunado, não somente da parte de seus concidadãos, mas também de todos os que chegam a saber da absoluta injustiça que cometeu. Isto porque se condena a injustiça não pelo temor de cometê-la, mas pelo medo de ter de sofrê-la. Portanto, a injustiça na medida adequada é uma coisa mais forte, mais nobre e que detém mais autoridade que a justiça. Esta, como eu dizia no começo, é o interesse do mais forte, enquanto que a injustiça é vantajosa e útil por si mesma.

A República – de Platão – 400 anos AC.

domingo, 31 de julho de 2011

Vamos dar o bom exemplo!

Reclamando do Lula? Do Serra? Da Dilma? Do Arrruda? Do Sarney? Do Collor? Do Renan? Do Palocci? Do Delubio? Da Roseanne Sarney? Dos políticos distritais de Brasilia? Do Jucá? Do Kassab? Dos outros 300 picaretas do Congresso?

Brasileiro reclama de quê?

A- Coloca nome em trabalho que não fez.
B- Coloca nome de colega que faltou em lista de presença.

C- Paga para alguém fazer seus trabalhos.

01. - Saqueia cargas de veículos acidentados nas estradas.

02. - Estaciona nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.

03. - Suborna ou tenta subornar quando é pego cometendo infração.

04. - Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, e até dentadura.

05. - Fala no celular enquanto dirige.

06. - Usa o telefone da empresa onde trabalha para ligar para o celular dos amigos (me dá um toque que eu retorno...) - assim o amigo não gasta nada.

07. - Usa o celular na Igreja, no cinema, nas salas de aula, teatro, palestras e afins.

08. - Trafega pela direita nos acostamentos num congestionamento.
 
 09. - Para em filas duplas, triplas, em frente às escolas.

10. - Viola a lei do silêncio.

11. - Dirige após consumir bebida alcoólica.

12. - Fura filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.

13. - Espalha churrasqueira, mesas, nas calçadas.

14. - Pega atestado médico sem estar doente, só para faltar ao trabalho.

15. - Faz "gato" de luz, de água e de tv a cabo.

16. - Registra imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.

17. - Compra recibo para abater na declaração de renda para pagar menos imposto.

18. - Muda a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.

19. - Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10, pede nota fiscal de 20.
20. - Comercializa objetos doados nessas campanhas de catástrofes.

21. - Estaciona em vagas exclusivas para deficientes.

22. - Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado.
23. - Compra produtos pirata com a plena consciência de que são pirata.

24. - Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca.
 
25. - Diminui a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.

26. - Emplaca o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA.

27. - Freqüenta os caça-níqueis e faz uma fezinha no jogo de bicho.

28. - Leva das empresas onde trabalha, pequenos objetos, como clipes, envelopes, canetas, lápis... como se isso não fosse roubo.

29. - Comercializa os vales-transporte e vales-refeição que recebe das empresas onde trabalha.

30. - Falsifica tudo, tudo mesmo... só não falsifica aquilo que ainda não foi inventado.
31. - Quando volta do exterior, nunca diz a verdade quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz na bagagem.

32. - Quando encontra algum objeto perdido, na maioria das vezes não devolve.

33. - Joga o que pode por onde passa, especialmente quando se trata de lugares públicos, que vivem sujos graças a esse costume.

34. - Queima o lixo em terrenos, quando ateia fogo para se livar do mato.

34. - Faz xixi em qualquer lugar com a desculpa de que é “macho”.

36. - Etc., etc., etc., etc.

E depois quer que os nossos políticos sejam honestos... Escandaliza-se com o mensalão, o dinheiro na cueca, a farra das passagens aéreas... Esses políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo, ou não?

Brasileiro reclama de quê, afinal? E é a mais pura verdade, isso que é o pior! Então sugiro adotarmos uma mudança de comportamento, começando por nós mesmos, onde for necessário!

BRASILEIRO É COMUNISTA MESMO SÓ QUER SOCIALIZAR O QUE NÃO É SEU!

 

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O que é o PV?



Penna - O PV não vem de sindicato, não vem de associações comerciais, industriais ou agrícolas, não vem das igrejas, não vem das forças militares nem vem das forças tradicionais de esquerda. Então, nós primeiro tivemos que amassar o nosso próprio barro. Fomos crescendo a partir da ampliação da inteligência da sociedade brasileira no sentido de compreender os nossos postulares. Nós não tínhamos quadros políticos. Somos o único partido com uma orientação parlamentarista.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A perda de confiança na ordem atual

A perda de confiança na ordem atual

Para os especuladores, também no Brasil, o dinheiro serve para produzir mais dinheiro e não para produzir mais bens
07/07/2011

Leonardo Boff

Na perspectiva das grandes maiorias da humanidade, a atual ordem é uma ordem na desordem, produzida e mantida por aquelas forças e países que se beneficiam dela, aumentando seu poder e seus ganhos. Essa desordem se deriva do fato de que a globalização econômica não deu origem a uma globalização política. Não há nenhuma instância ou força que controle a voracidade da globalização econômica. Joseph Stiglitz e Paul Krugman, dois prêmios Nobel em economia, criticam o Presidente Obama por não ter imposto freios aos ladrões de Wall Street e da City, ao invés de se ter rendido a eles. Depois de terem provocado a crise, ainda foram beneficiados com inversões bilionários de dinheiro público. Voltaram, airosos, ao sistema de especulação financeira.
Estes excepcionais economistas são ótimos na análise mas mudos na apresentação de saídas à atual crise. Talvez, como insinuam, por estarem convencidos de que a solução da economia não esteja na economia mas no refazimento das relações sociais destruídas pela economia de mercado, especialmente, a especulativa. Esta é sem compaixão e desprovida de qualquer projeto de mundo, de sociedade e de política. Seu propósito é acumular maximamente, apropriando de bens comuns vitais como água, sementes e solos e destroçado economias nacionais.
Para os especuladores, também no Brasil, o dinheiro serve para produzir mais dinheiro e não para produzir mais bens. Aqui o Governo tem que pagar 150 bilhões de reais anuais pelos empréstimos tomados, enquanto repassa apenas cerca de 60 bilhões para os projetos sociais. Esta disparidade resulta eticamente perversa, consequência do tipo de sociedade a qual nos incorporamos, sociedade essa que colocou, como eixo estruturador central, a economia que de tudo faz mercadoria até da vida.
Não são poucos que sustentam a tese de que estamos num momento dramático de decomposição dos laços sociais. Alain Touraine fala até de fase pós-social ao invés de pós-industrial.
Esta decomposição social se revela por polarizações ou por lógicas opostas: a lógica do capital produtivo cerca de 60 trilhões de dólares/ano e a do capital especulativo, cerca de 600 trilhões de dólares sob a égide do “greed is good” (a cobiça é boa). A lógica dos que defendem a maior lucratividade possível e a dos que lutam pelos direitos da vida, da humanidade e da Terra. A lógica do individualismo que destrói a “casa comum”, aumentando o número dos que não querem mais conviver e a lógica da solidariedade social a partir dos mais vulneráveis. A lógica das elites que fazem as mudanças intrassistêmicas e se apropriam dos lucros e a lógica dos assalariados, ameaçados de desemprego e sem capacidade de intervenção. A lógica da aceleração do crescimento material (o PAC) e a dos limites de cada ecossistema e da própria Terra.
Vigora uma desconfiança generalizada de que deste sistema não poderá vir nada de bom para a humanidade. Estamos indo de mal a pior em todos os itens da vida e da natureza. O futuro depende do cabedal de confiança que os povos depositam em suas capacidades e nas possibilidades da realidade. E esta confiança está minguando dia a dia.
Estamos nos confrontando com esse dilema: ou deixamos as coisas correrem assim como estão e então nos afundaremos numa crise abissal ou então nos empenharemos na gestação de uma nova vida social, capaz de sustentar um outro tipo de civilização. Os vínculos sociais novos não se derivarão nem da técnica nem da política, descoladas da natureza e de uma relação de sinergia com a Terra. Nascerão de um consenso mínimo entre os humanos, a ser ainda construído, ao redor do reconhecimento e do respeito dos direitos da vida, de cada sujeito, da humanidade e da Terra, tida como Gaia e nossa Mãe comum. A essa nova vida social devem servir a técnica, a política, as instituições e os valores do passado. Sobre isso venho pensando e escrevendo já pelo menos há vinte anos. Mas é voz perdida no deserto. “Clamei e salvei a minha alma”(clamavi et salvavi animam meam), diria desolado Marx. Mas importa continuar. O improvável é ainda possível.

Leonardo Boff é autor de Virtudes para um outro mundo possível 3 vol. Vozes 2005.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Nem branco nem preto , VERDE


PREPAREM-SE BALNEÁRIO VAI CONHECER UMA NOVA MANEIRA DE GESTÃO PÚBLICA

NEM PRETO NEM BRANCO,   VERDE

domingo, 19 de junho de 2011

NIÓBIO. O METAL QUE SÓ O BRASIL FORNECE AO MUNDO.

   

 
Nióbio, o metal que só o Brasil fornece ao mundo. Uma riqueza que o povo brasileiro desconhece, e tudo fazem para que isso continue assim.
Recebemos  do comentarista Mário Assis Causanilhas este artigo sobre o nióbio, sem a menção do órgão de comunicação, site ou blog de onde foi extraído. Por sua importância, decidimos postá-lo aqui na Tribuna da Imprensa, para conhecimento de nossos comentaristas e leitores. (Carlos Newton, editor do blog)
Júlio Ferreira
A cada vez mais no dia-a-dia, o tema é abordado em reportagens nas mídias escrita e televisiva, chegando a já ser alarmante. Como é possível que metade da produção brasileira de nióbio seja subfaturada “oficialmente” e enviada ao exterior, configurando assim o crime de descaminho, com todas as investigações apontando de longa data, para o gabinete presidencial?
Como é possível o fato do Brasil ser o único fornecedor mundial de nióbio (98% das jazidas desse metal estão aqui), sem o qual não se fabricam turbinas, naves espaciais, aviões, mísseis, centrais elétricas e super aços; e seu preço para a venda, além de muito baixo, seja fixado pela Inglaterra, que não tem nióbio algum?
EUA, Europa e Japão são 100% dependentes do nióbio brasileiro. Como é possível em não havendo outro fornecedor, que nos sejam atribuídos apenas 55% dessa produção, e os 45% restantes saíndo extra-oficialmente, não sendo assim computados.
Estamos perdendo cerca de14 bilhões de dólares anuais, e vendendo o nosso nióbio na mesma proporção como se a Opep vendesse a 1 dólar o barril de petróleo. Mas petróleo existe em outras fontes, e o nióbio só no Brasil; podendo ser uma outra moeda nossa. Não é uma descalabro alarmante?
O publicitário Marcos Valério, na CPI dos Correios, revelou na TV para todo o Brasil, dizendo: “O dinheiro do mensalão não é nada, o grosso do dinheiro vem do contrabando do nióbio”. E ainda: “O ministro José Dirceu estava negociando com bancos, uma mina de nióbio na Amazônia”.
Ninguém teve coragem de investigar… Ou estarão todos ganhando com isso? Soma-se a esse fato o que foi publicado na Folha de S. Paulo em 2002: “Lula ficou hospedado na casa do dono da CMN (produtora de nióbio) em Araxá-MG, cuja ONG financiou o programa Fome Zero”.
As maiores jazidas mundiais de nióbio estão em Roraima e Amazonas (São Gabriel da Cachoeira e Raposa – Serra do Sol), sendo esse o real motivo da demarcação contínua da reserva, sem a presença do povo brasileiro não-índio para a total liberdade das ONGs internacionais e mineradoras estrangeiras.
Há fortes indícios que a própria Funai esteja envolvida no contrabando do nióbio, usando índios para envio do minério à Guiana Inglesa, e dali aos EUA e Europa. A maior reserva de nióbio do mundo, a do Morro dos Seis Lagos, em São Gabriel da Cachoeira (AM), é conhecida desde os anos 80, mas o governo federal nunca a explorou oficialmente, deixando assim o contrabando fluir livremente, num acordo entre a presidência da República e os países consumidores, oficializando assim o roubo de divisas do Brasil.
Todos viram recentemente Lula em foto oficial, assentado em destaque, ao lado da rainha da Inglaterra. Nação que é a mais beneficiada com a demarcação em Roraima, e a maior intermediária na venda do nióbio brasileiro ao mundo todo. Pelo visto, sua alteza real Elizabeth II demonstra total gratidão para com nossos “traíras” a serviço da Coroa Britânica. Mas, no andar dessa carruagem, esse escândalo está por pouco para estourar, afinal, o segredo sobre o nióbio como moeda de troca, não está resistindo às pressões da mídia esclarecida e patriótica.
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Cadê a OAB, o MPF, o Congresso Nacional ???
Os bandidos são mais honestos.                                                  WIKIPÉDIA:                      Aplicações
 O nióbio apresenta numerosas aplicações. É usado em alguns aços inoxidáveis e em outras ligas de metais não ferrosos. Estas ligas devido à resistência são geralmente usadas para a fabricação de tubos transportadores de água e petróleo a longas distâncias.
Usado em indústrias nucleares devido a sua baixa captura de nêutrons termais.
Usado em soldas elétricas.
Devido a sua coloração é utilizado, geralmente na forma de liga metálica, para a produção de jóias como, por exemplo, os piercings.
Quantidades apreciáveis de nióbio são utilizados em superligas para fabricação de componentes de motores de jatos , subconjuntos defoguetes , ou seja, equipamentos que necessitem altas resistências a combustão. Pesquisas avançadas com este metal foram utilizados noprograma Gemini.
O nióbio está sendo avaliado como uma alternativa ao tântalo para a utilização em capacitores.
O nióbio se converte num supercondutor quando reduzido a temperaturas criogênicas. Na pressão atmosférica, tem a mais alta temperatura crítica entre os elementos supercondutores, 9,3 K. Além disso, é um dos três elementos supercondutores que são do tipo II ( os outros são o vanádio e otecnécio ), significando que continuam sendo supercondutores quando submetidos a elevados campos magnéticos.
URGENTE!
Muitos que receberão este e-mail simplesmente dirão;"o que eu tenho a ver com Nióbio?"e esquecem de ver o LADO PODRE desta questão: gente do Governo envolvida com desvios desse mineral e "comendo por fora".
Gente graúda, lá da "cabeceira" do Governo federal e órgãos como a FUNAI.
Leia e repasse, vamos tentar acabar com mais essa fonte de roubalheira.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O Aqüífero Guarani

O Aqüífero Guarani é o maior manancial de água doce subterrânea transfronteiriço do mundo. Está localizado na região centro-leste da América do Sul, entre 12º e 35º de latitude sul e entre 47º e 65º de longitude oeste e ocupa uma área de 1,2 milhões de Km², estendendo-se pelo Brasil (840.000l Km²), Paraguai (58.500 Km²), Uruguai (58.500 Km²) e Argentina (255.000 Km²).Sua maior ocorrência se dá em território brasileiro (2/3 da área total), abrangendo os Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

http://www.fundacaoboticario.org.br/pt-br/paginas/novidades/detalhe/default.aspx?idNovidade=147

Há terras para ampliar a produção sem desmatamento

Estudo ainda inédito de pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) confirma que existem terras suficientes no Brasil para multiplicar a produção agropecuária sem que seja necessário expandir o desmatamento. De acordo com o trabalho, o aumento da produtividade da pecuária permitiria diminuir a área de pastagens e liberaria até 69 milhões de hectares para a agricultura, diminuindo a demanda pela abertura de novas áreas.
Os 69 milhões de hectares equivalem aos territórios somados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Usar todas essas terras significaria dobrar a área agrícola brasileira.
Coordenado pelo pesquisador Gerd Sparovek, o trabalho defende que a adoção de tecnologias simples já difundidas no País, como a divisão e rotação de pastos, possibilitaria ampliar a lotação média das fazendas de gado, considerada muito baixa no Brasil, de pouco mais de uma cabeça por hectare para quase duas. Assim, seriam liberadas áreas para a agricultura.
"Toda a discussão sobre as mudanças do Código Florestal deveria passar pela rediscussão da pecuária extensiva no Brasil", afirmou Sparovek durante seminário, em 22 de feveiro, quando foi apresentado o levantamento, que deve ser publicado neste mês. No evento, realizado na Câmara dos Deputados para discutir as mudanças no código, Sparoveck revelou que existiriam 103 milhões de hectares com vegetação nativa disponíveis para desmatamento regular de acordo com a lei atual - território maior que o Mato Grosso. O pesquisador disse que a mudança proposta para a legislação precisa incluir, além da sua aplicabilidade, o debate sobre como proteger as terras ainda disponíveis para desmate legal.
A pesquisa não trata de situações regionais e casos específicos, mas reforça a tese de que programas de grande escala de planejamento territorial, assistência técnica e incentivo à regularização ambiental podem manter o ritmo de crescimento da agropecuária sem a necessidade de ampliar a fronteira agrícola. O desafio seria conciliar a alocação de terras para a produção agropecuária, exploração florestal e conservação.
Informações do Censo Agropecuário 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o último realizado no País, apontam que um quinto do território nacional (ou 158 milhões de hectares) é ocupado por pastagens. Deste total, quase 20% estão em terras de alta ou média aptidão para lavouras, segundo Sparovek.
Para os pesquisadores da Esalq, a intensificação da pecuária seria suficiente para manter o rebanho nacional em patamares adequados à demanda dos mercados nacional e internacional. Traria também como consequências a produção de carne de melhor qualidade, estabilidade de preços, redução nas emissões de gases de efeito estufa e menor degradação do solo.
O estudo mostra que o polêmico substitutivo ao projeto de lei nº 1876/99 e outros apensados, de autoria do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), pode desproteger definitivamente 43 milhões de hectares de Áreas de Preservação Permanente (APP) e 42 milhões de hectares em Reservas Legais (RL) que foram desmatados ilegalmente. Assim, regularizaria a situação dos proprietários dessas áreas.
RL é a fração de toda propriedade rural que não pode ser desmatada e varia de 20% a 80%, dependendo do bioma. No bioma amazônico, esse percentual é hoje de 80%. A APP é a faixa de vegetação situada ao longo de corpos de água, no topo de morros e em encostas, que também não pode ser eliminada segundo a lei.
Estudo da SBPC e ABC
No mesmo seminário, também foram apresentados alguns dos resultados de outro estudo sobre as alterações propostas para o Código elaborado por um grupo de especialistas reunido pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC). Os pesquisadores que participaram do evento rechaçaram as principais propostas contidas no substitutivo, como reduzir as APPs e anistiar quem desmatou ilegalmente.
A pesquisa do grupo da SBPC e da ABC está sendo finalizada e deve ser divulgada em 15 dias. O sumário executivo já está disponível (acesse aqui). Nele, os cientistas defendem um “planejamento criterioso na ocupação agrícola, com adoção de práticas de manejo conservacionista” de forma que o “potencial de uso dos recursos naturais seja otimizado, ao mesmo tempo que sua disponibilidade seja garantida para as gerações futuras”.
Ambos os estudos põem por terra algumas das principais premissas do substitutivo, como a ideia de que a aplicação do Código Florestal atravanca o desenvolvimento agropecuário. O trabalho da SBPC e da ABC, por exemplo, lembram que o Brasil tornou-se um dos maiores exportadores agrícolas do mundo com base em grandes saltos de produtividade e na conversão de pastagens em cultivos – e não na ampliação da fronteira agrícola. Entre 1975 e 2010, enquanto a área plantada aumentou mais de 45%, a produção cresceu 268% no Brasil. A produtividade média mais que dobrou, passando de 1.258 kg/ha, em 1977, para 3.000 kg/ha, em 2010.
A pesquisa aponta que ainda existe bom potencial para intensificação do uso do solo, mesmo em regiões onde o seu grau é considerado acima da média nacional, como no Centro-oeste, Sudeste e no Sul. Projeções do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) indicam que, entre 2010 e 2020, a taxa anual média de crescimento da produção das lavouras será de 2,67%, enquanto a área plantada subirá apenas 0,45% ao ano, passando de 60 milhões de hectares para 69,7 milhões de hectares.

Para saber mais, acesse o site da Campanha SOS Florestas.
Autor: SOS Florestas – Instituto Socismbiental Ambiental (ISA) - Oswaldo Braga de Souza
 
http://www.apremavi.org.br/noticias/apremavi/647/relatorio-do-mma-confirma-apps-preservadas-evitam-tragediashttp://www.apremavi.org.br/noticias/apremavi/647/relatorio-do-mma-confirma-apps-preservadas-evitam-tragedias



Relatório do MMA confirma: APPs preservadas evitam tragédias

Autor: Miriam Prochnow. Publicado em 09/05/2011.

Área de APP atingida pela subida das águas no RJ. Foto: Wigold B. Schaffer
Na semana decisiva para o Código Florestal Brasileiro, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) apresenta um relatório importantíssimo "Áreas de Preservação Permanente e Unidades de Conservação X Áreas de Risco", que faz uma análise clara, profunda e sem deixar espaços para argumentações contrárias, sobre a importância das Áreas de Preservação Permanente (APPs) para o bem-estar da população, em especial na proteção das pessoas contra tragédias naturais, como a que aconteceu no Rio de Janeiro no início de 2011.

O Relatório do MMA, elaborado por Wigold Bertoldo Schäffer, Marcos Rosa, Luiz Carlos Servulo de Aquino e João de Deus Medeiros, é resultado dos levantamentos realizados em campo no período de 24 a 26 de janeiro de 2011, aproximadamente duas semanas após a tragédia e analisou a relação entre as APPs, previstas no art. 2º da Lei no 4.771, de 1965, e as áreas de risco, sujeitas a enchentes e deslizamento de terra e rochas, face à tragédia socioambiental que atingiu a região serrana do Rio de Janeiro, mais especificamente os municípios de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis e as implicações decorrentes das ocupações e usos inadequados destas áreas.

O estudo faz um levantamento completo do que prevê a legislação federal com relação às APPs e suas funções, estabelecendo uma clara relação entre as áreas atingidas pela tragédia e a ocupação indevida das áreas de preservação permanente. Faz uma análise completa de várias situações: deslizamentos de encostas, inundação e destruição de benfeitorias e plantações instaladas em beiras de rios, etc. A análise é consolidada através da comparação de imagens de satélite de antes e depois da tragédia, com a indicação clara das áreas atingidas e que se caracterizam como APPs.

É importante lembrar que as Áreas de Preservação Permanente (APPs) são espaços territoriais especialmente protegidos de acordo com o disposto no inciso III, § 1º, do art. 225 da Constituição Federal e que seu conceito e uso é dado pelo Código Florestal (Lei Federal no 4.771). O conceito legal de APP relaciona tais áreas, independente da cobertura vegetal, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.

Diz o relatório: “Como se vê, as APPs não têm apenas a função de preservar a vegetação ou a biodiversidade, mas uma função ambiental muito mais abrangente, voltada, em última instância, a proteger espaços de relevante importância para a conservação da qualidade ambiental como a estabilidade geológica, a proteção do solo e assim assegurar o bem-estar das populações humanas”.

Veja abaixo as conclusões do relatório. Acesse o relatório completo aqui. Acesse também o site da campanha SOS Florestas e participe da mobilização contra a votação da proposta de Código Florestal do Deputado Aldo Rebelo.

Conclusões do Relatório: Áreas de Preservação Permanente e Unidades de Conservação X Áreas de Risco - O que uma coisa tem a ver com a outra?


“O Desastre natural ocorrido na região serrana do Rio de Janeiro assume contorno catastrófico por conta da conjugação de fatores sabidamente associados à geração de risco de acidentes naturais. A topografia, geologia, hidrografia e regime pluviométrico da região determinam a previsibilidade da ocorrência de acidentes naturais na área, fenômenos diretamente associados com a evolução e moldagem da paisagem. Nessas condições a suscetibilidade a escorregamentos associados à instabilidade de encostas é bastante evidente, e a ocupação destas encostas e áreas adjacentes torna os desastres naturais em eventos catastróficos devido a proporção de vítimas e danos socioeconômicos de elevada monta.

O presente estudo demonstra que a faixa de 30 metros em cada margem (60 metros no total) considerada Área de Preservação Permanente ao longo dos cursos d’água estivesse livre para a passagem da água, bem como, se as áreas com elevada inclinação e os topos de morros, montes, montanhas e serras estivessem livres da ocupação e intervenções inadequadas, como determina o Código Florestal, os efeitos da chuva teriam sido significativamente menores.

O presente estudo constatou que tanto nas regiões urbanas, quanto nas rurais, as áreas mais severamente afetadas pelos efeitos das chuvas foram:
a) as margens de rios (incluindo os pequenos córregos e margens de nascentes). As áreas diretamente mais afetadas são aquelas definidas pelo Código Florestal como Áreas de Preservação Permanente – APPs.
b) as encostas com alta declividade (geralmente acima de 30 graus. No casos dos deslizamentos observou-se que a grande maioria está associada a áreas antropizadas, onde já não existe a vegetação original bem conservada ou houve intervenção para construção de estradas ou terraplanagem para construção de edificações diversas.
c) Áreas no sopé dos morros, montanhas ou serras. Observou-se que as rochas e terra resultantes dos deslizamentos das encostas e topos de morro atingiram também edificações diversas construídas muito próximas da base.
d) Fundos de vale. Observou-se também que áreas em fundos de vale, especialmente aquelas áreas planas associadas a curvas de rio foram atingidas pela elevação das águas e pelo corrimento e deposição de lama e detritos.

Registrou-se também que em áreas com florestas bem conservadas, livres de intervenções como estradas, edificações ou queimadas, o número de deslizamentos é muito menor do que nas áreas com intervenções e, obviamente, as consequências em termos de perdas materiais e humanas são nulas.

Considerando o razoável conhecimento das características naturais da região, dos níveis e intensidade das intervenções antrópicas, dos indícios de instabilidade das encostas e dos dados de pluviosidade disponíveis, e da existência de metodologias para determinação, classificação, e monitoramento das áreas de risco, relativamente simples e disponíveis, é razoável destacar que a utilização adequada destas informações pode efetivamente reduzir o caráter catastrófico de eventos como o que ocorreu na região serrana do Rio de janeiro em 2011, e tantos outros que assistimos em diferentes localidades do país.

Conclui-se, por último, que os parâmetros de preservação permanente estabelecidos no Código Florestal devem ser mantidos e rigorosamente fiscalizados e implementados, tanto nas áreas rurais quanto urbanas. Além disso, a legislação federal deveria ser mais incisiva no sentido de exigir do Poder Público (Federal, Estadual e Municipal) medidas complementares de proteção a áreas que apresentem localmente características ambientais relevantes ou áreas que estejam sujeitas a riscos de enchentes, erosão ou deslizamento de terra e rolamento de rochas”.

Arquivos anexos

Relatório MMA Tragédia Rio de Janeiro (5.69mb)
Livro APPs e Áreas de Risco (16.08mb)

sábado, 11 de junho de 2011

O Pequeno PRODUTOR RURAL

O Pequeno PRODUTOR RURAL

POR: Rafael Oliveira

10/06/2011.

A história do "PEQUENO PRODUTOR RURAL" e a cadeia do processo produtivo.

Diante de fatos apresentados por um Dpt (Despóta) Federal, vamos fazer uma reengenharia do ciclo do processo produtivo. Um litro de leite na minha mesa para o café da manhã. Vamos entender o processo. O leite sai da área chamada " PEQUENA PROPRIEDADE RURAL", onde supostamente tem um "PEQUENO PRODUTOR RURAL", aqui denominado Sr. Odacílio.

O seu Odacílio tem uma pequena propriedade rural, onde cria uma vaquinha leiteira para o seu sustento e a sobra, que é muita, ele vende pra cooperativa rural de sua região, prá isso, acontecer, seu Odacílio cortou uma área de reserva florestal, afinal a vaquinha do seu Odacílio tem que comer e ele alí na área desmatada plantou pasto pra sua vaquin ha. Então o processo é assim, o seu Odacílio pega o que ele não vai usar, engarrafa num tonel e leva de carroça até o vilarejo, local que recebe os produtos para a cooperativa rural.Neste vilarejo todos os dias o seu Sebastião, filho de um "PEQUENO PRODUTOR RURAL" apanha os produtos com seu caminhão e leva-os para a cooperativa rural para beneficiamento e envazamento industrial. Esta industria aqui denominada Usina de beneficiamento de Leite da Cooperativa Rural, que tem como parceiros empresas multinacionais de recipientes, próprios para à venda ao consumidor final, faz todo o processo e disponibiliza aos seus revendedores e vendedores o produto próprio para o consumo. Ela também faz a distribuição. Os vendedores e seus representantes revendedores vendem o produto para os grandes centros de consumo, onde grandes empresas multinacionais de venda ao varejo dispoem ao consumidor final, nas suas gôndolas o leite, agora não mais do seu Odacílio o "PEQUENO PRODUTOR RURAL", e eu, mero consumidor final adquiro o leite e o levo para casa, afin de consumí-lo, o que o faço geralmente no café da manhã, mas também uso em outros beneficiamentos de alimentos como bolo, pão etc, etc... então compro sempre mais e mais e o " PEQUENO PRODUTOR RURAL" cada vez produz mais e mais.

Agora o seu Odacílio o "PEQUENO PRODUTOR RURAL" esta numa alegria total, porque a sua vaquinha tá "prenha" e o seu Odacílio com o apoio da "Embrapa" e seu veterinário, descobriu que sua vaquinha vai dar à luz a duas outras vaquinhas e determinou que é necessario mais campo de pastagem e o seu Odacílio o "PEQUENO PRODUTOR RURAL" já demarcou uma área da Floresta que vai derrubar e é claro que como "PEQUENO PRODUTOR RURAL" não tem muita área, só sobrou aquela alí na beira do riacho. Área desmatada e plantada a nova pastagem. As vaquinhas do seu Odacílio o "PEQUENO PRODUTOR RURAL" agora já tem espaço suficiente para pastarem e produzirem o melhor leite da região e que vai trazer mais e mais consumo e mais e mais produção rural, intensificando a cadeia do processo produtivo do leite. e assim como o seu Odacílio o "PEQUENO PRODUTOR RURAL", cresceu e seu rebanho também, já passa automáticamente para outro piso de classe social consumidora, incentivando assim a criação de novos "PEQUENOS PRODUTORES RURAIS" aumentando o desmatamento e diminuindo as Florestas e decepando a vida, "micro" que seja do planeta.

o consumismo II

O início da reengenharia do cotidiano-

o início da reengenharia do cotidiano-
Por: Rafael Rodrigues de Oliveira Silva.
10/06/2011.
 
Deixei de postar faz algum tempo já estou em fase de espaço vazio na mente, acho que é assim que se fala ou melhor se escreve, sei lá. Últimamente não tenho tido vontade de escrever,só isso. Então só compartilho e compartilho com os facebrothers. Estamos atravessando a era da informação e é preciso filtrar as informações que nos chegam em alta velocidade e quantidade, afinal sou eu, euzinho somente, que recebo todas elas e não tenho tido tempo de compilá-las, se é que me entendem. E depois dessa bateria de informações diárias, e depois de filtrá-las descubro que pelo mundo inteiro é só boas notícias, acho que isso me tirou o foco, ou algo do gênero, que resultou em branco total na mente, se não vejamos, uma rápida análise das noticias recebidas no mes 05/2011 e 06/2011.
Aqui começa o problema, mês de maio de dois mil e onze e mês de junho de dois mil e onze, já pirei denovo, vou ouvir um Zig Marley pra relaxar.... Ano de 2011, século vinte e um, e se, Darwin e Fritz Muller estivessem aqui estariam em plena depressão aguda,com tanta devastação e imoralidade, pois faz tempo que discutiam a TEORIA DA EVOLUÇÃO das espécies e descobriam pra que servem os seres vivos no planeta, as suas funções ambientais no micro e no macro.
Lá pela europa , ásia, Oriente Médio só boas notícias, credo... o mundo ligado e interligado democráticamente e libertário, move governos e depõe governos, incita e emerge humanos desconhecidos, agora já nem tanto, a Alemanha decide desligar todas as usinas nucleares, claro, o que vão fazer com toda aquela energia perigosa? Não tem o que produzir ou melhor para quem produzir, cade o consumidor? O que tem de consumo é um consumo equilibrado só o necessário, não precisará nos próximos anos de mais energia, já tem o suficiente e mais, se houver uma demanda maior, comprará dos seus vizinhos produtores. França, Itália, Espanha. enfim a Europa em estado tipo convulsão social sei lá, Guerra no Afeganistão, Iraque, Líbia, Egito, até ai nada de novo, mas o motivo é novo, DEMOCRACIA E LIBERDADE, aquela do USA, tão propalada e nunca assistida, prometida mas nunca revelada. E através da Internet é possível vive-la , ERA DIGITAL, mas como vivenciá-la no dia a dia, no cotidiano, pirou a cabeça dos muleques meu. São requisitos básicos de democracia e liberdade assim tipo Mulheres que não tem o direito de trabalhar ou simplesmente dirigir um automóvel, passam a requissitá-los pelo mundo todo, fora estupidez humana, LIBERDADE da éra digital, agora na vida real.
No Brasil a coisa está... é bem, tipo um pouco mais adiantada que a Ásia? sei não, vejamos, Justiça que liberta assassíno terrorista, policiais que roubam caixas eletronicos verdadeiros assaltantes de bancos, juizes pedófilos, juizes que mandam dar porrada nos contraditórios, governador que prende e aterroriza verdadeiros heróis e suas famílias, liberação para devastar, desmatar áreas para construção de usinas hidrelétricas na Amazonia, o que é isso, meu, ta louco?.. Não, é verdade, até um código inconstitucional, palavra bonita, os caras do governo aprovaram para acabar com as reservas florestais do país, em nome do "PEQUENO PRODUTOR RURAL". isso eu tenho que digerir com bastante calma, vou curtir Raimundos pra essa... é vou ter que ficar uns dois ou mais dias para poder filtrar, compilar estas informações digitais.
Após alguns dias de resoluta digestão... resolvi vou fazer uma "reengenharia das informações recebidas" para poder entender os despotas federais que aprovaram tal decisão, assim: Em nome do "PEQUENO PRODUTOR RURAL" vamos matar, desmatar, agredir de todas as formas de vida no planeta, pô meu, isso é muito louco. Preciso mais tempo ...


O CONSUMISMO

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O ESTADO DO PAÍS




 
 
 
 
 
 
" O País perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos e os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido, nem instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não existe nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Já se não crê na honestidade dos homens públicos. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos vão abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas ideias aumenta em cada dia. Vivemos todos ao acaso. Perfeita, absoluta indiferença de cima a baixo! Todo o viver espiritual, intelectual, parado. O tédio invadiu as almas. A mocidade arrasta-se, envelhecida, das mesas das secretarias para as mesas dos cafés. A ruína económica cresce, cresce, cresce... O comércio definha, a indústria enfraquece. O salário diminui. A renda diminui. O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. Neste salve-se quem puder a burguesia proprietária de casas explora o aluguer. A agiotagem explora o juro. … E a certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte: «o País está perdido!» Ninguém se ilude. Diz-se nos conselhos de ministros e nas estalagens. E que se faz? Atesta-se, conversando e jogando o voltarete, que de Norte a Sul, no Estado, na economia, na moral, o País está desorganizado - e pede-se conhaque! Assim todas as consciências certificam a podridão; mas todos os temperamentos se dão bem na podridão! Aqui estamos pois diante de ti, mundo oficial, constitucional, burguês, doutrinário e grave! Não sabemos se a mão que vamos abrir está ou não cheia de verdades. Sabemos que está cheia de negativas. Não sabemos, talvez, onde se deve ir; sabemos, decerto, onde se não deve estar. Catão, com Pompeu e com César à vista, sabia de quem havia de fugir, mas não sabia para onde. Temos esta meia ciência de Catão. De onde vimos? Para onde vamos? - Podemos apenas responder: Vimos de onde vós estais, vamos para onde vós não estiverdes. Nesta jornada, longa ou curta, vamos sós. Não levamos bandeira, nem clarim. Pelo caminho não leremos a Nação, nem o Almanaque das Cacholetas. Vamos conversando um pouco, rindo muito. Somos dois simples sapadores às ordens do senso comum. Por ora, no alto da colina, aparecemos só nós. O grosso do exército vem atrás. Chama-se a Justiça. …O orgulho da política nacional é ser doutrinária. Ser doutrinário é ser um tanto ou quanto de todos os partidos; é ter deles por consequência o mínimo; é não ser de partido nenhum - ou ser cada um apenas do partido do seu egoísmo. Sabem, pois, qual seria o Governo útil, profícuo, necessário, neste deplorável estado do espírito público? Aquele que o País, chamado a pronunciar-se por um plebiscito negativo, declarasse terminantemente e compactamente - que não queria. Porque então a opinião acordaria talvez, viveria, lutaria, e apareceriam dois partidos que não existem agora, e sobre os quais gira como nos seus pólos naturais a lei do aperfeiçoamento: - para um lado a Reacção, para outro a Revolução. Até lá os poderes do Estado subsistem, tendo perdido a sua significação.” …

segunda-feira, 30 de maio de 2011

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

 

 

 

Brasil

País perfil de indicadores de desenvolvimento humano


Sustentabilidade
Ajustado poupança líquida (% do RNB) 5.2
Índice de Desenvolvimento Humano
Classificar73
AnoBrasilAmérica Latina e no CaribeMundo
1980 nd 0.578 0.455
1985 nd 0.600 0.486
1990 nd 0.618 0.526
1995 nd 0.642 0.554
2000 0.649 0.662 0.570
2001 nd 0.666 0.575
2002 nd 0.671 0.581
2003 nd 0.674 0.587
2004 nd 0.681 0.594
2005 0.678 0.683 0.598
2006 0.681 0.689 0.604
2007 0.685 0.695 0.611
2008 0.690 0.700 0.615
2009 0.693 0.701 0.619
2010 0.699 0.706 0.624

Índice de Desenvolvimento Humano